O problema de um costume virar doutrina

 

Todas as denominações cristãs têm suas tradições: fazer a Santa Ceia no primeiro ou segundo domingo do mês; a ordem da programação da liturgia do culto; a forma como separa líderes etc. Não há nada de errado com isso e acho saudável cada congregação ter seu costume. Isso nos dá identidade e senso de pertencimento, além de trazer uma organização.

O problema começa quando alguns costumes e tradições começam a virar doutrina. As doutrinas da igreja devem estar centradas nas Escrituras e não em conveniências humanas. Afinal, foi essa uma das principais acusações de Jesus contra os religiosos de sua época:

“Invalidando a palavra de Deus por meio da tradição que vocês mesmos passam de pai para filho” (Marcos 7:13)

Costumes não podem ser doutrinas porque senão vira legalismo. Vou dar um exemplo aqui e quero deixar claro que não tenho como objetivo ofender nenhuma denominação. Por exemplo, é costume de determinada igreja as mulheres não usarem calças. Tudo bem! O problema é falar que usar calça é pecado. Não tem base nas Escrituras para uma afirmação como essa. Isso é antibíblico!

A Palavra de Deus deve ser sempre nosso Norte, nossa regra de fé e prática. O que passar disso pode e deve ser desconsiderado. Falar que algo é pecado sem ter base nas Escrituras só traz um jugo desnecessário sobre o povo de Deus, jugo esse que o Senhor nunca colocou.

Quero deixar claro que não estou dizendo para levar a vida cristã de qualquer maneira, de forma light e descompromissada. O que a Bíblia chama de pecado é pecado e fim de papo. Isso é inegociável! Também não estou atacando o costume ou tradição, pois como falei no início do texto, considero isso como algo bom. O problema é o costume virar doutrina de equivalência de importância com as Escrituras. Isso é acrescentar coisas na Palavra de Deus, sendo assim, uma heresia.

Sejamos firmes em nosso compromisso com Deus, sem retirar nem acrescentar nada à sua Palavra.

Em Cristo,

Gustavo Hoft

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