Jesus sendo Deus, se esvaziou de si
mesmo (Filipenses 2:7,8), veio à terra para dar salvação à todo o que Nele crê,
tomando a forma humana para se relacionar conosco, suportou ser sacrifício
santo, incorruptível, morreu, ressuscitou, venceu a morte para estabelecer o
reino de Deus na terra, ensinou, fez milagres, depois subiu aos céus, deixou o
Espírito Santo para consolar, mas um reino para ser continuado, precisa ser
representado por pessoas que se relacionam e pensando nesse objetivo Jesus
escolheu seus discípulos para levarem a continuidade do seu legado.
Chamou os que ele mesmo quis, e vieram
para junto dele. Então, designou doze para estarem com ele e para os enviar a
pregar e a exercer a autoridade de expelir demônios (Marcos, 3:13, 14). Enquanto esteve na terra, quando do início do
seu ministério, Jesus chamou doze homens para o seguir, eles vivenciaram a
rotina do Rei dos Reis, perguntaram, foram exortados, receberam autoridade,
comeram na mesma mesa do Rei, para que na devida hora fossem revestidos de
poder e se transformassem em agentes de transformação por toda a humanidade
(Atos, capítulo 2 em diante).
O Reino de Deus na terra foi
estabelecido por Jesus, mas foi propagado aos quatro cantos pelos seus
discípulos. O discipulado é tão relevante para o Reino que Jesus em seus
últimos ensinos nos deixou como mandamento fazer discípulos de todas as nações
(Mateus, 28: 18).
Conhecedor da sua criação, Jesus sabia
que somos agentes sociais, que precisamos de convívio uns com os outros e
orientou a caminharem de dois em dois (Marcos, 6:7), e tal ensino já havia sido
revelado a Salomão: Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do
seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que
estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também, se dois dormirem
juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser
prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se
rebenta com facilidade.
Em sumo, o discipulado é sobre isso,
caminhando lado a lado em dois ou mais, passando a cultura do Reino de Deus
para os discípulos, partilhando a comida sempre que possível, comida material e
espiritual, vivenciando juntos experiências, com a finalidade de deixar um legado
e um sucessor, na certeza que Jesus sempre estará no meio desse relacionamento:
Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio
deles (Mateus, 18, 20).
A busca da presença de Deus, o clamor,
na crença de realizarem milagres em nome de Jesus, o mais profundo dos
ensinamentos deixados na Bíblia são princípios bases de um discipulado. O
discipulador passa ao seu discípulo aquilo que já aprendeu, o discípulo busca o
crescimento com seu mentor e caso não saibam, juntos procuram um entendimento
da parte do Senhor. Após um tempo caminhando juntos, aquele discípulo que
cresceu no aprendizado, teve experiências e comunhão com o seu discipulador,
passa a estar apto a passar o seu legado para outras pessoas e se torna um
discipulador de outros discípulos, gerando uma corrente muito positiva de
crescimento do Reino de Deus.
Paulo e Timóteo (Atos, capítulo 16 e
seguintes) é um exemplo do que um discipulado pode ser feito de forma eficaz
para a obra de Deus. Timóteo foi escolhido por Paulo, cresceu em ensino,
realizou obras e permaneceu ligado à Paulo até a sua morte. Foram deixadas 2
cartas de Paulo a Timóteo na Palavra de Deus, onde mostram que Timóteo o
sucedeu na condução de algumas igrejas implantadas por Paulo, nas cartas também
ficam evidenciadas que muitos que se achegaram a Paulo e até ajudaram por um
tempo na condução das igrejas, o abandonaram, mas o seu discípulo foi fiel até
o fim.
O discipulado é um mandamento de Jesus,
é um braço forte mas não tem intenção de esgotar todos os assuntos de uma vida
cristã, lembrando que a comunhão aos irmãos da igreja, a ida aos cultos de
celebração, reuniões de oração, devocional diário, leitura da palavra,
clamores, visitas e tantos outros atos da caminhada com Cristo, continuam sendo
essencial até que tudo se conclua em nossas vidas.
Diante do exposto, estimulamos você a se
tonar um discipulador e também um discípulo. Há de ter alguém bem próximo que
precisa de um caminhar mais junto com o amor de Cristo e sempre há alguém que
você admira que possa te estender a mão para te discipular, assim a
implantação, expansão e representação do Reino de Deus na terra será muito
eficaz. Converse com o seu pastor ou seu líder na sua igreja, peça direção e
orientação para seguir nas diretrizes do discipulado que Jesus deixou.
A sua caminhada cristã irá se
transformar, seu amor ao próximo será potencializado e a satisfação de servir
um Reino de amor será inigualável em todas as áreas da sua vida!
Com amor.
Rodrigo Kubo Coltri- IAMIR Sede, ADHONEP Barretos.
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