Ira: Intenso sentimento de ódio, de rancor,
dirigido a uma ou mais pessoas em razão de alguma ofensa, insulto etc., ou
rancor generalizado em função de uma situação injuriante; fúria, cólera,
indignação.
Segundo o nosso dicionário, esse é o significado de ira. Ira ou
raiva é um sentimento comum a todos os seres humanos. Todos nós temos nossos
momentos de ira, de raiva, de nervosismo. Isso pode se derivar de uma situação
desagradável, algo que não deu certo, uma ofensa sofrida, uma calúnia levantada
e eu poderia listar um grande número de motivos que pode despertar em nós esse
sentimento.
“Fiquem irados
e não pequem. Não deixem que o sol se ponha sobre a ira de vocês, nem deem lugar ao diabo” (Efésios 4:26-27)
O grande problema não é se irar com uma situação, é deixá-la te
dominar e você carregar dias afora. Paulo aqui fala que quando fazemos isso
estamos dando lugar ao diabo. Ou seja, através de nossa ira Satanás pode
usufruir desse sentimento e despertar em nós algo terrível: vingança, desejar o
mal ao próximo e até mesmo assassinatos.
Por mais que pareça justo, a ira não exerce um sentido pleno de
justiça.
“Porque a ira
humana não produz a justiça de Deus” (Tiago 1:20)
Tiago aqui nos adverte que não devemos procurar justiça num
momento de ira porque ela não reflete a justiça de Deus. Ele pode estar falando
aqui de vingança. No momento de ira podemos ser cruéis e destemperados. Quantas
vezes não descontamos nossa raiva em pessoas que não tem nada a ver com o
problema? Infelizmente, isso é mais comum do que parece. É injusto, é maldoso e
ferimos as pessoas com nosso furor.
Domínio próprio é fruto do Espírito (Gálatas 5:23). Então tudo
aquilo que nos tira do eixo é obra da carne. Deus nos chama para sermos pessoas
moderadas e isso deve ser característica de todo cristão.
“Que a
moderação de vocês seja conhecida por todos” (Filipenses 4:5)
Todo crente destemperado e imoderado, cheio dos excessos, não
reflete o caráter de Cristo nem é modelo para ser seguido.
Mas agora, deixa eu virar um pouco o assunto... Nós sempre
crucificamos a pessoa que explode, aquela bota para fora aquilo que a está
irritando. Não estou justificando esse tipo de atitude, mas temos que pensar: e
a pessoa que provocou isso que muitas vezes sai como vítima? Ela é inocente? De
jeito nenhum!
“Não nos
deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja
uns dos outros” (Gálatas 5:26)
Provocar é estimular, incitar alguém a fazer alguma coisa. Então,
a pessoa que provocou toda a situação é tão culpada quanto a pessoa que
explodiu. Tem pessoas que se escondem por trás da fúria do irmão, o chamando de
explosivo sendo que quem causou todo esse estrago foi ela, com provocações,
insultos, fofocas. Esse tipo geralmente são pessoas desagradáveis e
dissimuladas, se fazendo de vítima quando ela foi o estopim de toda a confusão.
Sei que existem muitos outros versículos sobre ira nas Escrituras,
mas creio que já deixei claro o ponto que quero chegar.
Não sejamos pessoas sem controle, que explodem com facilidade. Nem
tampouco sejamos o motivo de ira das outras pessoas. Ambos carregam a mesma
culpa.
Em Cristo,
Gustavo Hoft
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