Um dos milagres mais conhecidos e difundidos de Jesus é a multiplicação dos pães e peixes. Talvez um dos únicos milagres que foram registrados nos quatro evangelhos (João 6:1-15; Marcos 6:30-44; Mateus 14:13-21 e Lucas 9:10-17). É algo surpreendente até nos dias atuais quando pensamos em como Jesus possibilitou que uma multidão de pessoas, quase cinco mil, foram alimentadas a partir de apenas cinco pães e dois peixes.
No presente artigo, quero me centrar em um personagem crucial no milagre. Ele é mencionado apenas no evangelho de João, não se sabe o nome dele, é dito apenas que o discípulo André informou a Jesus que havia um rapaz que tinha os cinco pães de cevada e dois peixinhos e a partir da sua entrega, pode-se alimentar toda a multidão. Iremos expor de forma imaginativa, como seria essa história se contada sob a ótica desse rapaz para um amigo, considerando os elementos contido no evangelho.
“Meu
amigo José, o que presenciei ontem, nenhum dos profetas, desde nossos
patriarcas, pôde fazer. Creio verdadeiramente que ele é o Messias mencionado no
profeta Isaías, que há de vir. O nome dele é Jesus, vinha ouvindo relatos de
todo o seu poder e milagres e quando fiquei sabendo que ele estava perto da
Galileia, corri para vê-lo e verificar a veracidade de tudo o que vinha
ouvindo.
Não
antes de partir, você conhece a minha mãe, me fez levar pelo menos uma
refeição, o que foi o motivo da grande benção, mas você entenderá tudo quando eu
terminar de te contar. Chegando próximo ao local onde Jesus estava, já podia
ver a multidão que o acompanhava, e os doentes eram levados até ele e eram
curados. Ele ensinava também com muita autoridade, algumas coisas não pude
entender, pareciam parábolas, mas no meu coração pude sentir uma paz que nunca
experimentei antes.
Teve
uma hora que ele parecia cansado, então se afastou para um lugar deserto junto
com seus discípulos, mas pensa que o povo queria ir embora? Eles o seguiram e
eu fui junto, eu estava maravilhado de ver tudo aquilo. Só que a noite se
aproximava, os discípulos dele até tentaram lhe aconselhar a despedir as
multidões, mas pensa num homem bom de coração, não deixou não, disse para os
seus discípulos alimentarem todo mundo antes de ir embora, e aí chegamos aonde
queria te contar.
Os
discípulos dele começaram a perguntar para o pessoal se alguém tinha alguma
comida, eu bem sabia, que tinha uns pertos de mim que tinham comida, mas você
acredita que não quiseram repartir? Aí me lembrei da refeição que minha mãe me
fez levar. Aqueles acontecimentos que presenciei foram tão intensos que nem
tinha me dado fome até então, então ofereci a refeição que tinha, sabia que o
povo todo não daria para alimentar, mas se pudesse alimentar Jesus já iria
ficar muito contente.
Pois
bem, não conseguiram recolher mais nenhuma comida e levaram meus pães e meus
peixinhos até Jesus. Ele então com muita calma, demonstrou que possui
autoridade e conhecimento, utilizou as táticas de organização desde o tempo de
Moisés, mandou separar os grupos de cem em cem, e de cinquenta e cinquenta. Ele
pegou os pães e os peixes, ergueu os olhos para o céu, como se falasse
diretamente com Deus, abençoou e mandou os discípulos irem distribuindo para o
povo. Pois o povo comeu tanto que quiseram, se fartaram mesmo, eu também
peguei, e a comida estava boa viu, não sei se foi o tempero da minha mãe ou do
próprio Deus, mas foi a melhor comida que já comi. E você acredita que sobraram
doze cestos cheios de pedaços dos pães e dos peixes?
Foi
inacreditável, me lembrei do maná, das codornizes que Deus enviava do céu para
o povo de Israel se alimentar no deserto, mas ali, não desceram do céu, foram
multiplicados pelo próprio Jesus. Bem que ele ensinou que era o próprio pão que
desceu do céu, que quem se achegasse a ele, não teria mais fome e sede, por um
segundo pensei que haveria multiplicação de pães todos os dias para nós, mas eu
bem entendi que não teríamos mais fome e sede espiritual. A presença dele e
seus ensinos não sairão mais do meu coração, o levarei para sempre comigo, José.
E quero proclamar essa verdade para todo mundo que conheço, chame os nossos
amigos, preciso contar para eles.
Preciso avisar a maior quantidade de pessoas possível, que o Messias já está entre nós, as coisas que vi e ouvi ontem que só podem ser ditas pelo próprio Deus. Ele está operando tantos milagres, fazendo tantas maravilhas, ensinando com tanto zelo, que só ele pode nos salvar, aliás foi o que ele mais disse, que quem crer nele, será salvo, mas não das mãos dos romanos que nos oprimem, mas nos dará a vida eterna. Ah José, eu quero morar com ele por toda a eternidade, você não quer também?”
Eu creio em todo o entusiasmo desse jovem em ser o portador dos alimentos que abençoaram uma multidão. Creio que ele não reteve essa experiência apenas para si e contou para todos seus amigos e sua família. Ele quis levar o conhecimento do Messias para quem pudesse onde ele morava.
O sacrifício de Jesus foi completo, Ele veio, viveu como homens, operou milagres, curou, libertou e ensinou o seu povo, fez discípulos fiéis, e deu a sua vida para nos salvar e ressuscitou, para que quem Nele crê, tenha a vida eterna (João 6:47).
Você que já aceitou Jesus, que o entusiasmo desse jovem te envolva para proclamar a verdade sobre Jesus. E você que ainda não O aceitou, fica o convite aqui, para aceitá-lo e ter a vida eterna com Ele.
Com amor.
Rodrigo Kubo Coltri- IAMIR Sede, ADHONEP Barretos
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