Amor:
“Nós amamos porque
ele nos amou primeiro” (1 João 4:19)
“Mas Deus prova seu
próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós
ainda pecadores” (Romanos 5:8)
Se Deus nos amou
primeiro, sendo ele espírito e eterno, não tendo início nem fim, seu amor por
nós não foi influenciado por nada. O que teria em mim para atrair tão grande
amor? Absolutamente nada. No ponto de vista humano, Deus teria todos os motivos
para nos repudiar. Mas Ele não faz isso. Ele, sendo soberano, não sofre nenhuma
influência externa.
Assim como soberania,
justiça, onisciência, presciência, onipresença, imutabilidade, entre outros,
amor faz parte dos atributos de Deus, sendo Ele o próprio amor! “Aquele
que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 João 4:8). Sendo
o amor parte de sua natureza divina, e Ele sendo fiel, Ele não pode negar a Si
mesmo.
Você já parou para
pensar que Deus te conhece mais do que a você mesmo? Quando Jesus pede para
João escrever as cartas para as 7 igrejas do Apocalipse (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira,
Sardes, Filadélfia e Laodicéia), João se vira para ver quem falava com
ele e ele vê sete candeeiros de ouro, e no meio dos candeeiros, um semelhante a
filho do homem. Os sete candeeiros são as sete igrejas! Jesus passeia no meio
da sua igreja, e Ele não nos dá um parecer ou uma opinião, Ele nos dá um
diagnóstico. Em todas as sete igrejas temos algo em comum: Ele vira para as
igrejas e diz: EU CONHEÇO! Aquilo
que você esconde de seus pais, aquilo que você esconde de seu esposo ou esposa,
aquilo que você esconde de seu pastor, aquilo que você fechou a porta do quarto
para ninguém ver. Ele te conhece! E mesmo quando Ele repreende, é porque Ele
nos ama.
“Eu repreendo e
disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. Eis que estou à
porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa
e cearei com ele, e ele, comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no
meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai em seu trono.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3:19-22).
Chamado:
“Iluminados os olhos do
vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a
riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu
poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder” (Efésios
1:18,19)
Há no versículo 19 algo
que Paulo quer enfatizar demais: o poder de Deus para aqueles que Ele chamou.
No grego isso fica muito evidente. A 1ª palavras que ele usa é dinamus, de onde
vem a palavra dinamite. A 2ª palavra está em eficácia, que é enérgeias, de onde
vem a palavra energia. A 3ª está em força Krátos, de onde vem sufixo “cracia”
(democracia, poder para o povo). É o poder ou força exercida. A 4º é a palavra
poder, que é diferente da 1ª (dinamus). Aqui é usada a palavra Ischýs, que quer
dizer “grande força inerente”. Paulo nos chama a atenção para o grande poder
que está à nossa disposição, por isso ele usa 4 palavras diferentes para falar
desse poder. E ele define esse poder como “suprema grandeza”.
Agora te pergunto: qual
é o tamanho do poder de Deus? Até quando Deus pode? Por que você duvida do
chamado Dele para sua vida? Alguém pode impedir o agir de Deus?
“Ainda antes que
houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém de minhas mãos; agindo
eu, quem impedirá? ” (Isaías 43:13)
Deus não apenas te
chamou para o arrependimento e salvação. Ele também te chamou para a obra. A seara é grande, poucos os ceifeiros. Ele pode contar com você? Como falei
antes, do tamanho do poder de Deus que capacita àqueles que Ele chamou, então
não há motivos para temer. Ele não vai te dar algo além de sua capacidade. Como
na parábola dos talentos de Mateus 25, a um ele deu cinco, a outro dois e a
outro um, cada um de acordo com sua própria capacidade.
E finalizo parafraseando
Lutero:
O indivíduo não é
chamado para exercer algo além do seu talento, mas de ser fiel naquilo que lhe
foi dado (Lutero)
Somos chamados para
sermos fiéis!
Glória somente a Deus!
Em Cristo
GUSTAVO HOFT
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