Somos movidos pela fé, cremos em um Deus
que tudo pode, tudo criou e tem infinito poder para mudar nossas vidas. A
oração é o veículo que nos une a Deus, onde nós fazemos nossos pedidos à Ele,
na esperança que sejam atendidos e assim obtermos a vitória para os problemas
que surgem no decorrer das nossas vidas.
E muitas e muitas vezes Deus nos concede sua Graça, nos salva, nos perdoa, nos direciona, nos cura, nos liberta, nos traz resolução, milagres e até ressurreição. Quão bom Ele é (Salmos, 136: 1)!
Só que há momentos que oramos e oramos e a resposta do Senhor é um não. E qual será a sua atitude nessa hora?
O
não é educativo, muitas vezes nos ensina e nos faz crescer muito mais do que o
sim.
Sob
a ótica do que determina Tiago, capítulo 4, versículo 3, “pedis e não
recebeis, porque pedis mal, para esbanjares em vossos prazeres”, é
prudente, quando uma oração não está sendo atendida, olharmos atentamente para
o pedido que está sendo feito a Deus e fazermos alguns reflexões. Esse pedido
provém de uma real necessidade? É apenas para nosso prazer? São alguns
questionamentos válidos.
Outro
ponto ensinado por Tiago, capítulo 1, versículos 6 e 7, “Peça-a, porém, com
fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e
agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma
coisa;”. Aqui Tiago nos ensina a pedir com fé, quando estamos diante de
Deus, solicitando por algo, antes, durante e principalmente após a oração temos
que crer que nosso Senhor é infinitamente poderoso para fazer mais do que
pedimos ou pensamos (Efésios, 3:20), até que a resposta venha, seja o sim ou o
não...
Mas
e quando o sim demora a chegar ou o não é estabelecido, paramos de orar sobre
tal pedido? Não é o que Jesus nos ensinou, vemos em Lucas, capítulo 18,
versículo 7: “ Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam
dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” Então a perseverança em oração é algo que precisa estar nos nossos corações, clamando a Deus pela
necessidade a ser alcançada. Pode ser que não seja a hora de receber tal
benção, mas mais para frente esteja apto para recebê-la. Por exemplo um filho
que até saiba dirigir, mas tem 15 anos, ele detêm a capacidade para tal ato,
mas ele não está habilitado para tal, e por mais que ele insista, o seu pai,
saberá a hora correta que ele poderá ganhar um carro. O que será que estamos
pedindo ao Senhor, mas não estamos habilitados para tal benção?
Talvez
você ore para ser missionário e ir para as nações, mas não estuda nem o inglês,
quer passar no concurso, mas não estuda e nem se prepara para a prova, quer ter
um negócio próprio, mas não guarda o capital inicial. Esses são só alguns
exemplos, mas precisamos nos habilitar junto ao Senhor, mesmo que não tenhamos
o mínimo, mas precisamos caminhar, fazer nossa parte e orarmos, até que a
benção venha e se cumpra em nossas vidas.
A
Palavra nos traz situações onde o não foi bem claro e podemos ver que o
solicitante não recebeu o que foi pedido, mas que bençãos maiores recaíram
sobre sua vida.
Moisés
pediu para Deus deixar ver sua face (Êxodo, 33:17-23), mas o Senhor na sua
infinita bondade, não pode atender o seu pedido naquele momento, pois Moisés
podia morrer diante de tamanha Glória e Poder. O que nos traz outra reflexão,
será que o que estamos pedindo ao Senhor, ainda que não seja pecado, nos trará
morte?
Em
outra passagem (Números, 20: 2-13), o povo estava com sede e pediam de forma
tão exaustiva que Moisés perdeu a paciência, ao invés de falar à rocha para
sair água, como Deus tinha falado para fazer, bateu na rocha, conforme a sua
vontade. Deu resultado, saiu água da rocha e o povo conseguiu saciar a sede,
mas para Deus, Moisés não obedeceu suas instruções e por isso, ele não pôde
entrar na terra prometida, ainda que tenha insistido (Deuteronômio, 3: 25-26).
Aqui cabe outra análise, é muito importante a forma como nos comportarmos no
processo até que a benção se achegue a nós.
Pois
bem, Deus é infinito em bondade e misericórdia e os pedidos de Moisés se
reverberaram no tempo, e em Mateus, 17: 2-4, Jesus vai para um alto monte, é
transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, e eis que aparecem falando com
ele, Moisés e Elias. Os pedidos de Moisés foram aceitos! Ele viu Deus face a
face, em Glória, conversou com ele e pode entrar e estar na sonhada terra
prometida. Que momento glorioso! Essa passagem nos traz a convicção que na hora
certa que compete apenas à Deus, Ele nos trará a resposta que precisamos.
Portanto,
há pedidos que fazemos e não entendemos a resposta de Deus, são mistérios para
nós, mas nem por isso podemos abandoná-lo, se é que conseguiremos, pois o seu
Amor excede o nosso entendimento.
Todavia,
há um Sim do Senhor, que foi formado desde o início de tudo e se perpetuará
pelos séculos dos séculos, por toda a eternidade. É o mais pleno amor e
completo sacrifício de Jesus, que se ofereceu para nos salvar. Esse Sim foi
conquistado na cruz do calvário em sua morte a nosso favor e completado na sua
ressurreição e é dado a todo aquele que Nele crê (Atos 16: 30-31). Receba o Sim
do Senhor hoje, seja salvo e viverá com Jesus aqui na terra e por toda a
eternidade.
Rodrigo Coltri, IAMIR | ADHONEP Barretos-SP
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