Nosso
texto de hoje está centrado em 2 Coríntios 4:7-18. Paulo aqui está dando um
ânimo novo para os crentes da igreja de Corinto. Ele injeta uma energia nova
nas veias dessa igreja, pegando o exemplo dele próprio para falar que, apesar
das lutas e perseguições, o próprio Paulo não desanimava, muito pelo contrário,
ele se renovava dentro daquilo que Deus os chamou.
“Temos,
porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que a excelência do
poder provém de Deus, não de nós” v. 7 – O
vaso de barro somos nós. O barro é facilmente moldado pelas mãos do oleiro. É o
oleiro que dá forma ao vaso de barro e não o vaso que determina o que deve ser
feito. “Mas quem é você, caro amigo, para discutir com Deus? Será que
o objeto pode perguntar a quem o fez: “Por que você me fez assim?” Será que o oleiro não tem direito sobre a massa, para do
mesmo barro fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Romanos
9:20,21).
Mas que tesouro é esse que Deus esconde dentro de nós? A
excelência do poder de Deus. Para quê? Para mostrar que o poder provém Dele e
não de nós.
“Em
tudo somos atribulados, porém não angustiados; ficamos perplexos, porém não
desanimados; somos perseguidos, porém não
abandonados; somos derrubados, porém não destruídos” v. 8,9 – A
palavra atribulado significa sofrer com adversidades. Perceba que Paulo não
está livre de sofrer com problemas, porém ele fala que, apesar de estar
atribulado, não está angustiado. Essas tribulações podem até deixar ele
perplexo, que significa ficar sem reação, porém sem perder o ânimo. Ele sofre
perseguições, mas Paulo sabe quem está com ele. Ele não se sente sozinho. Podem
até derrubar ele, como muitas vezes aconteceram: prisões, açoites,
apedrejamentos, etc., mas ele não está destruído.
“Levamos
sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida dele se manifeste em
nosso corpo” v. 10 – Levar o morrer de Jesus em
nosso corpo, o que é isso? Isso nos mostra a fragilidade do vaso de barro, que
quando quebrado mostra seu interior. A vida de Cristo manifesta em nossa vida.
A excelência do poder de Deus. “Porque eu, mediante a própria lei, morri
para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse
viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se
entregou por mim” (Gálatas 2:19,20).
No
meio ao sofrimento, mostramos do que somos feitos.
“Porque
nós, que vivemos, somos sempre entregues à morte por causa de Jesus, para que
também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. De modo que em nós opera a morte; em vocês, a vida” v. 11,12 – Quanto
mais perto da morte Paulo se aproximava, mais a vida de Deus se manifestava em
sua vida. Pregar o Evangelho tem um preço. Para você trazer vida, muitas vezes
é necessário morrer. É como uma semente: a semente não germina enquanto ela não
morre. Para gerar vida, é necessário morrer. Isso implica em renúncia, em matar
o seu eu. Por isso ele fala no verso 12 que nele opera a morte para que a vida
opere em seus ouvintes.
“Tendo,
porém, o mesmo espírito de fé, como está escrito: "Eu cri, por isso
falei", também nós cremos e, por isso, também falamos, sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos
ressuscitará com Jesus e nos apresentará juntamente com vocês” v.
13,14 – Embora pensemos de forma diferente, a confissão de fé
tem que ser um só. Temos que falar daquilo que cremos. Temos que enxergar o
mundo da lente daquilo que professamos. Eu creio, então eu falo. Não tenhamos
medo de falar, porque mesmo que venhamos a morrer por causa disso, Cristo nos
ressuscitará.
“Porque
tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, multiplicando-se, torne
abundantes as ações de graças por meio de muitos, para a glória de Deus” v. 15
–
Paulo começa esse versículo falando que tudo que foi falado acima, é para o bem
deles, com o objetivo da graça de Deus se multiplique no meio deles. A graça de
Deus deve ser multiplicada em nossa vida. Ela deve ser aumentada e não
diminuída. Com o intuito de que, as nossas ações de graça, ou seja, nossos
agradecimentos a Deus, transborde por meio de muitos. E isso é para a glória de
Deus.
“Por
isso não desanimamos. Pelo contrário, mesmo que o nosso ser exterior se
desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia” v. 16 – Eu
sei que quando nos desgastamos, procuramos um padrão alto de qualidade, muitas
dessas vezes nos frustramos. Mas não desanimamos! Visamos algo muito maior!
Embora nosso homem exterior se desgaste ou se corrompa, o nosso ser interior se
renova a cada dia. Embora as lutas nos deixem cicatrizes, o que conta é quem
somos de verdade em nosso interior.
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas” v. 17,18 – Paulo aqui nos tranquiliza, dizendo que a nossa tribulação aqui é leve e tem prazo de validade. Ele não está dizendo que a nossa tribulação é fácil, que vamos tirar de letra, não é isso que ele está dizendo. E sim, que comparado com a glória que nos aguarda, essa glória que tem um peso e é sem comparação, nossa tribulação aqui se torna leve. Porque essa tribulação momentânea está apenas aqui. Porém, fixamos os olhos naquilo que é eterno, que nenhuma luta poderá tirar de nós.
Conclusão:
Em
meio ao sofrimento e perseguição, embora sejamos frágeis como um vaso de barro,
carregamos um poder de excelência, que é o poder de Deus. Sim, podemos sofrer e
vamos sofrer, mas não seremos destruídos. A nossa tribulação aqui é leve e
momentânea comparada a glória eterna que nos aguarda se perseverarmos. Vale a
pena viver para a glória de Deus.
GUSTAVO HOFT

Comentários
Postar um comentário